Se o exercício fosse uma pílula milagrosa, todo mundo iria tomá-la, não é mesmo?
O conceito de “pílulas de exercício” existe desde 2004 e de lá pra cá foram desenvolvidas diversas pesquisas que buscam criar pílulas que teriam os compostos benéficos que o exercício traria.
E a promessa disso é enorme, já que essas drogas poderiam ser uma opção para pessoas com locomoção limitada, que estão sem tempo e\ou com preguiça.
SÓ QUE: – Não existe um único ‘gene de exercício’
– A maioria das pesquisas não foi testada em humanos, só em camundongos
– Quais seriam os efeitos colaterais?
-Quais seriam os exercícios “adequados para encapsular”?
-Quantos comprimidos seriam necessários para emagrecer?
– Usar pílulas por muito tempo pode induzir um ‘overdrive metabólico’, estado catabólico crônico, que pode prejudicar o turnover proteico.
– As pílulas até podem imitar os benefícios do exercício no músculo esquelético, mas não no sistema cardiovascular e endotelial.
– É altamente improvável que qualquer fármaco possa imitar efeitos e adaptações que o exercício traz.
– É amplamente reconhecido que o exercício melhora a imunidade, humor, libido, sono… De fato, uma revisão estendida de 72 páginas: ‘Exercise as Medicine’ (2015), resumiu as evidências para a prescrição de exercícios como remédio para 26 doenças diferentes.
Por isso, existe um processo! Nada é imediato! Para emagrecer com saúde e qualidade de vida, não existem atalhos! Fazer atividade não é perda de tempo!
O que precisamos pensar é que pesquisadores estão desenvolvendo pílulas que fornecem muitos dos efeitos do exercício. Mas, nenhum oferece todos os benefícios!
Concordam comigo?
Referências
https://doi.org/10.1016/j.tips…45.08.014
https://doi.org/10.1113/JP278761
Matéria da nutricionista Annie Bello
