Psoríase e o seu Intestino
Psoríase e o seu Intestino – Por Felipe Rossini
Hoje o papo será sobre psoríase e a relação com nosso querido intestino.
A psoríase é uma doença inflamatória imunomediada, caracterizada por lesões avermelhadas e grossas na pele que podem ocorrer em qualquer parte do corpo.
É uma doença multifatorial englobando fatores como suscetibilidade genética, estilo de vida e o ambiente intestinal tem um grande papel no seu desenvolvimento.
Quando temos um quadro de disbiose e aumento da permeabilidade intestinal, temos uma menor produção de ácidos graxos de cadeia curta e isso compromete a função de barreira intestinal e ai as bactérias que deveriam ficar no intestino e seus metabólitos chegam ao sangue, viajam até a pele e acumulam por ali, prejudicando a homeostase da pele e causando erupções cutâneas, como rosácea, acne e a psoríase (além de um monte de outras tragédias).
Existe uma associação muito robusta entre doenças gastrointestinais e psoríase. Pra vc ter uma ideia cerca de 7-11% dos pacientes com doenças inflamatórias intestinais têm também um diagnóstico de psoríase.
Em pessoas com diagnóstico de psoríase, observamos uma menor diversidade microbiana, uma maior abundância dos filos Firmicutes e menor abundância de Actinobacteria (onde temos as Bifidobacterium).
Essas alterações estão relacionadas a um aumento no risco de desenvolver doenças intestinais imunomediadas, como: retocolite ulcerativa, doença de Crohn e doença celíaca.
O estilo de vida tem implicações consideráveis na psoríase: tabagismo e álcool estão associados à uma exacerbação das lesões e respostas ruins aos tratamentos, enquanto a obesidade é um fator de risco independente para o desenvolvimento da psoríase.
Além de uma alimentação rica em fibras prebióticas e fitoquímicos para modular positivamente a microbiota intestinal e ofertar nutrientes com capacidade antioxidante e anti-inflamatória, a suplementação de probióticos também tem demonstrado bons resultados.
Querem saber mais sobre nutrição e doenças de pele?
DOI: 10.26355/eurrev_201812_16554
DOI: 10.3390/ijms21155405
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