Metais Pesados – O que diz a Ciência?
Por Adriana Siqueira – Vinte e dois artigos originais foram identificados (18 oligoelementos, incluindo um total de 1.014 crianças com TEA (transtorno do espectro autista) e 999 controles saudáveis).
Em crianças autistas, os níveis gerais de bário (Ba), mercúrio (Hg), lítio (Li) e chumbo (Pb) foram maiores. Houve diferenças significativas nos níveis de cobre (Cu) no cabelo e soro entre crianças autistas e o grupo controle.
Os níveis de Hg, Li, Pb e selênio (Se) no cabelo de crianças autistas foram maiores do que os de crianças saudáveis, enquanto os níveis de zinco (Zn) no sangue foram menores.
A exposição excessiva a metais pesados tóxicos e a ingestão inadequada de elementos metálicos essenciais podem estar associadas ao TEA.
Outros estudos identificaram que há uma dificuldade de destoxificação associado ao autismo, ou seja, recebe o tóxico e não consegue eliminar efetivamente.
No geral, essas descobertas apoiam políticas que defendem a limitação da exposição a metais neurotóxicos, principalmente para mulheres grávidas e crianças pequenas, a fim de ajudar a reduzir a crescente incidência de TEA.
Avaliar o período crítico em que a exposição pode afetar o desenvolvimento e investigar fatores potenciais que podem aumentar ou melhorar o efeito dos metais.
Não somente com o autismo, mas o aumento e a exposição a tóxicos durante a gestão e nos primeiros anos de vida do bebê podem influenciar negativamente no neurodesenvolvimento.
Não são todos os autistas que terão metais elevados, mas é importante saber a respeito e investigar através de exames de sangue, urina e cabelo.
DOI 10.1016/j.jtemb.2021.126782
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