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Solução de Lugol

A solução de Lugol 5%, que é composta por iodeto de potássio (10%), iodo elementar inorgânico (5%) e água destilada.

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Uma gota de Lugol pode conter até 6,35 mg, ou seja 6350 mcg de iodo, uma quantidade muito elevada e acima das recomendações da OMS.

A recomendação média da ingestão de iodo é de 150 mcg para adultos, 220 mcg para gestantes, 290 mcg para lactantes e 90-120 mcg para crianças de 1 a 13 anos de idade.

Assim como a falta de iodo causa bócio e comprometimentos nocivos devido à menor produção dos hormônios tireoidianos, levando ao cretinismo e desordens neuronais e hormonais, o excesso de iodo causa toxicidade.

O excesso de iodo promove um aumento de iodolipídeos intra-tireoidiano que inibe a expressão e atividade da enzima tireoperoxidase e da bomba de iodeto Nis, reduzindo a produção de T4 e T3. Esse fenômeno é chamado de efeito Wolff-Chaikoff em que o excesso de iodo pode causar hipotireoidismo.

Além disso, o excesso de iodolipídeos pode aumentar a atividade da enzima NADPH oxidase produzindo mais radical superóxido que pode oxidar a tireoglobulina e a tireoperoxidase, aumentando a imunogenicidade dessas proteínas que se tornam proteínas estranhas e disfuncionais, favorecendo a ativação imune, apresentação de epítopos e produção de autoanticorpos contra a tireoide, favorecendo a Tireoidite de Hashimoto.

O excesso de iodo presente no lugol também reduz a vascularização na tireoide e pode causar danos às mucosas.

O ideal é sempre avaliar ingestão alimentar, se possível relação iodo/creatinina ou iodo urinário de 24h para suplementar de forma segura com iodo quelado ou iodeto de potássio ou Kelp.

doi: 10.1007/s12020-017-1461-8
PMID: 26185398
doi: 10.1136/gut.2004.061739

Matéria do nutricionista Leonardo Borba

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