Vai um Transplante de Fezes Aí?
Por Felipe Rossini – Transplantar fezes? Você está cheirando xilitol? Calma, vem comigo!
O transplante de fezes nada mais é do que a transferência de fezes de uma pessoa saudável para outra que não está muito saudável.
A indicação desse procedimento é principalmente para infecções causadas pela bactéria Clostridium difficile, a principal causa de diarreias infecciosas e perigosas em hospitais, especialmente após o uso de antibióticos. O próprio nome já mostra que ela é difícil de tratar (pa dum tss).
No entanto, cada vez mais pesquisas estão sendo realizadas para avaliar se esse procedimento pode ser utilizado em outros quadros que envolvem um desequilíbrio da microbiota intestinal, como retocolite ulcerativa, doença de Crohn e doenças autoimunes como esclerose múltipla.
O doador precisa passar por uma avaliação e exame meticuloso para garantir que sua microbiota seja realmente composta por micro-organismos benéficos.
Ao introduzir as fezes desse doador no intestino debilitado, as bactérias benéficas podem reequilibrar a microbiota, promovendo o crescimento das bactérias boas, competindo por espaço e reduzindo a quantidade de bactérias ruins.
Essa modificação benéfica na composição da microbiota intestinal pode melhorar a saúde intestinal, fortalecer a barreira intestinal, regular o sistema imunológico e ter efeitos extremamente interessantes em nosso corpo.
Quanto aos riscos, mesmo controlando a microbiota do doador, não é possível garantir 100% que uma bactéria oportunista patogênica não possa surgir durante o processo.
Portanto, é essencial que o procedimento seja realizado em um ambiente controlado, livre de riscos de contaminação.
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