Aloe Vera é Tóxica?
Aloe vera, mais conhecida por babosa, é uma espécie de planta suculenta, que possui mais de 400 espécies, onde a mais popular é a Aloe barbadensis Miller.
Ela vem sido usada como medicina tradicional em culturas árabes, chinesas, egípcias, gregas, indianas, japonesas, coreanas e romanas por mais de 2mil anos para tratar uma ampla lista de distúrbios e doenças.
Será que uma planta milenar poderia ser tão prejudicial?
Depende da parte da Aloe da qual estamos falando. Podemos desmembrá-la em folha, gel e látex.
Quando analisamos a folha, encontramos estudos mostrando efeitos de toxicidade celular e capacidade de danificar o material genético de roedores submetidos a doses altas do extrato da folha. Em humanos, não há estudos toxicológicos controlados publicados, embora tenhamos relatos de casos sobre toxicidade.
O látex contém diversos compostos, como as antraquinonas, sendo a aloína a representante mais comum, responsável por seus efeitos gastrointestinais, como cólicas abdominais e diarreia. Portanto, usar o látex por suas propriedades laxativas definitivamente não parece uma boa ideia.
Além disso, é importante mencionar que tanto em estudos com roedores quanto em estudos in vitro, o látex também demonstrou efeitos citotóxicos, genotóxicos e até mesmo carcinogênicos.
O gel de Aloe é uma substância transparente e gelatinosa, rica em uma série de polissacarídeos, como glucomanan e acemanan, campesterol, sitoesterol, lignina e saponinas.
Até o momento, não há informações sobre o gel de Aloe ser carcinogênico ou qualquer efeito prejudicial a humanos, desde que haja uma separação dos demais componentes na hora de extração do gel.
Conforme mencionei, não temos estudos que demonstrem qualquer toxicidade do GEL de Aloe em humanos. Por outro lado, há alguns estudos comprovando toxicidade em animais quando se trata de outras partes da Aloe vera, no caso a folha/ latex.
Querem um post falando sobre os principais benefícios da Aloe Vera?
J Environ Sci Health C Environ Carcinog Ecotoxicol Rev. 2016 April 02; 34(2): 77–96. doi:10.1080/10590501.2016.1166826.
Matéria do Nutricionista Felipe Rossini
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