Hoje o papo vai ser um pouco polêmico. Muitas pessoas pensam que os óleos essenciais são substâncias que podem ser usadas a torto e a direito porque são naturais, e inclusive temos algumas propagando a ingestão desses óleos, ao invés de só o uso tópico ou como aromaterapia.
Mas infelizmente meus jovens, não é bem assim que as coisas funcionam.
A ingestão de óleos essenciais é um negócio que definitivamente que eu não recomendo.
Os óleos essenciais são extremamente concentrados (é como se fossem versões de super-herói de plantas).
Pra você ter uma ideia, apenas 1 gota de óleo essencial de hortelã equivale à cerca de 26 xícaras de chá de hortelã (isso mesmo, VINTE-E-SEIS).
A ingestão de óleos essenciais, como canfora, eucalipto, sálvia tea tree pode causar mudanças no estado mental e convulsões, enquanto a ingestão de óleo de lavanda pode causar reações alérgicas severas.
Alguns óleos essenciais contém uma substância chamada de salicilato (mesmo ingrediente ativo da aspirina), que é o caso do óleo essencial de wintergree, onde ingerir algumas gotas desse óleo pode jogar uma porrada de salicilato na sua corrente sanguínea e com isso efeito adversos, onde as principais reações são vômitos, convulsões, irritações nas mucosas e vertigo.
Eu sei que tem uma marca ai que afirma que seus óleos são “comestíveis”, porem isso nao significa que exerceram algum beneficia. A própria ABRAROMA *Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia) cita em uma nota, transcrevo aqui o texto: ““poder ser ingeridos” não é o mesmo que “dever ser ingeridos”, nem é o mesmo que “ter efeito terapêutico”, muito menos.
Deixando claro que o uso via oral não deve ser realizado sem supervisão de um profissional da área da saúde apto.
Estou deixando claro que meu posicionamento é exclusivo para a ingestão via oral dos óleos, não abordei seu uso tópico e muito menos seu uso como aromaterapia. Até o que não é o foco do post.
Agradeço se não se matarem nos comentários porque sei que tem uma galera ai que é Jesus no céu e “óleo essencial na terra”.
doi: 10.1542/peds.2008-2097.
doi: 10.1016/s0165-5876(01)00453-0.
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Matéria do Nutricionista Felipe Rossini
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